terça-feira, 20 de abril de 2010

Despedida

A chuva cai sem dar trégua, chego da rua ensopado, sedento por um café... Ou por um momento ao teu lado. Ao escrever essas breves palavras vou me despindo de você... No rádio escuto Maria Rita.. o café desce quente por minha garganta, mostrando-me que ainda estou vivo e sozinho. Meu pequeno apartamento parece um castelo medieval, frio, assustador... Não atendo o telefone, ninguém vai estragar nossa despedida... Você é o meu tormento, minha doce cruz que machuca meu coração, tento entender onde erramos, não há respostas, apenas perguntas... você me disse, em um dia na CCMQ, que o mundo é feito de perguntas e não de respostas... Mas, hoje as perguntas são insuportáveis, necessito de algumas respostas..
Mais um café, Alguns papeis pra ler, e-mails pra responder, telefonemas, pessoas que me esperam... A rua me chama, tenho que ir adeus.. És uma lembrança agora que, com tempo vai ficar cinza, escura, esquecida em um arquivo empoeirado da minha mente... Até voltar em um encontro ao acaso em um café ou teatro..
Guardo as boas lembranças, as músicas, os silêncios, as risadas... Te amo, adeus!

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