segunda-feira, 29 de junho de 2009

E-mail recebido de uma amiga professora

Recebi este email de um colega e amigo e gostei..e concordo plenamente com ele

Afinal, o que é educação? Para quê serve a escola? Que tipo de educação queremos?

Se depender do que temos, já podemos responder: Português e Matemática com prioridade de 90%; pessoas que sabem (?) ler e escrver e sabem contar, mas que não tem memória, não tem humanidade, não tem dom, cidadania, arte, cultura, poesia, amor, coração…

Uma sociedade de enormes avanços tecnológicos, mas na qual a moral não acompanha. E isso SE aprenderem a ler, escrever e contar.

Se essa escola, se essa escola fosse minha…

Na minha escola não tem “tempos” divididos minutamente absolutos; não tem apenas salas secas compostas de carteiras enfileiradas e um quadro negro verde ou branco onde os alunos olham pra frente, o professor olha pra eles; o professor fala, os alunos escutam.

Na minha escola não tem provas, “pontos”, números qualificadores e regras absolutas.

Na minha escola não tem professor disso ou daquilo que são responsáveis apenas por passar o conteúdo disso ou daquilo.

Na minha escola as crianças tem aulas de música e, no meio delas, aprendem matemática, porque para ser um músico, para o ritmo, para ler e escrever música, é desejável ou mesmo necessário saber matemática e ter o raciocínio lógico desta.

Na minha escola os alunos produzem um jornal para divulgar notícias do mundo, do seu país, estado, município e bairro e, para isso, aprenderem a ler e escrever, porque para escrever um jornal com notícias de seu interesse, é necessário sabê-lo.

Na minha escola eles também aprendem o Português para poder ler os grandes autores nas rodas de leitura que queiram participar; e para escrever as poesias, contos, crônicas que são divulgadas pela escola, impressas em livros, publicadas nos jornais, murais e outros espaços.

Na minha escola os alunos montam diversas peças de teatro por ano. Para montá-las, aprendem conceitos de História e de outras disciplinas, pois para escrever o texto, têm que sabê-lo; ou enquanto montam um texto já existente, estudam sobre ele.

Na minha escola há vida. Há animais – peixes, coelhos, codornas… – e plantas espalhadas por ela toda e os alunos são resposnáveis por seu bem-estar e saúde.

Na minha escola os alunos são co-responsáveis pela limpeza, pela organização, pela arrumação. São co-responsáveis pela cozinha, por servir aos colegas e arrumar o refeitório.

Na minha escola os alunos fazem experimentos com ações do dia-a-dia, como quando fazem comida. Enquanto isso, aprendem ciência. Eles fazem coleções e recortam textos de tudo o que tem relação com os conteúdos de Ciências que estão à sua votla e expõem por toda a escola e contam e mostram aos colegas o que aprenderam.

Na minha escola os alunos escolhem o esporte que querem fazer e o fazem. Para fazê-lo porém, aprendem a se alimentar direito, a fazer exercícios e a relação que isto tem com a ciência do seu corpo. E aprendem conceitos de ciência e de física para ajudar no seu desempenho; e lêem os jornais de esportes criticamente, compondo resenhas para divulgação nos murais, jornais e rádios da escola.

Na minha escola todos os que tem um dom para uma determinada arte a praticam sempre que querem. Mas para que o dom seja amplamente desenvolvido aprendem a ciência das cores, a matemática das formas, a história da arte.

Na minha escola as crianças lêem jornais e revistas, impressos ou on-line, e discutem a política, a religião, os fatos, atos, destratos de todo o mundo, destrinchando a geografia mundial e todos sos seus desdobramentos. Visualizam no mapa mundial e aprendem a ler o mundo através de outros olhares.

Na minha escola não há sala de aula.

Ha escola de aula, escola de vida.

Abraços,

Declev Reynier Dib-Ferreira

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